Sobre este curso
A rede de Multiplicadores de Evidências (Mevi) foi criada em 2021 pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), entidade gestora da plataforma QEdu. Voltada a gestores e educadores, a rede Mevi tem como objetivo disseminar o uso de dados e evidências em Educação, para que eles possam contribuir para a tomada de melhores decisões na área.
Os participantes da rede Mevi, os Multiplicadores Mevi, recebem formações sobre as principais bases de dados educacionais existentes no Brasil, os indicadores mais utilizados e a melhor maneira de lê-los, além de instruções práticas sobre como os dados podem ser utilizados no dia a dia das escolas e das redes de ensino. Esses treinamentos, sempre online e gratuitos, são baseados, principalmente, nos conteúdos disponíveis no portal QEdu e nas suas plataformas: QEdu Gestão, QEdu Países e QEdu Analítico, bem como em estudos realizados pelo Iede.
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Nesta formação, exploraremos os principais indicadores educacionais presentes na plataforma QEdu, fundamentais para a análise e melhoria do sistema educacional brasileiro. Esses dados são essenciais para gestores, educadores e pesquisadores compreenderem o desempenho das escolas e redes de ensino. São eles:
- Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica): Avaliação nacional que mede o desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática, realizada a cada dois anos. Fornece dados sobre a qualidade do ensino, permitindo comparações entre escolas e redes.
- Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica): Indicador que avalia a qualidade do ensino com base nas notas do Saeb e nas taxas de aprovação, ajudando a monitorar os avanços educacionais e orientar políticas públicas.
- Taxas de Rendimento: Indicador que mostra a quantidade de alunos que avançam para o ano seguinte conforme o esperado, sendo essencial para entender a eficiência escolar e combater a retenção e o abandono.
- Distorção Idade-Série: Aponta o descompasso entre a idade dos estudantes e a série em que estão matriculados, evidenciando problemas de reprovação e evasão, que impactam diretamente a qualidade educacional.
Compreender esses indicadores é crucial para identificar pontos fortes e desafios, contribuindo para o aprimoramento da aprendizagem e a melhoria contínua da educação no Brasil.
Slides da apresentação de Indicadores.
Nesta formação, abordaremos a plataforma “QEdu, Juventudes e Trabalho", com a participação de Katcha Poloponsky, da Fundação Roberto Marinho. O objetivo é compreender como os dados da plataforma QEdu J&T podem contribuir para o desenvolvimento de políticas educacionais que conectem a juventude ao mercado de trabalho e promovam um futuro mais inclusivo e próspero.
Katcha Poloponsky, especialista da Fundação Roberto Marinho, traz sua experiência para discutir as relações entre educação e trabalho, destacando como as ferramentas de dados podem ser usadas para mapear as necessidades dos jovens e aprimorar a formação educacional. Durante a formação, serão apresentados exemplos de como essas informações podem ser aplicadas para reduzir desigualdades e gerar mais oportunidades para os estudantes.
Nesta formação, vamos explorar o "Índice Criança Alfabetizada", com a participação de Hylo Leal, da Associação Bem Comum. O objetivo é entender como esse índice pode ser utilizado para avaliar e melhorar a alfabetização infantil no Brasil.
Hylo Leal, especialista da Associação Bem Comum, compartilhará sua experiência e insights sobre como utilizar dados e indicadores de alfabetização para identificar desafios e implementar estratégias que assegurem que todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas. A formação também abordará a importância de monitorar a alfabetização nos primeiros anos de vida escolar, um fator chave para o sucesso educacional ao longo da vida.
Nesta formação, discutiremos os resultados do Saeb 2023, com a participação de Ernesto Martins Faria, do Iede. O objetivo é analisar os dados mais recentes da avaliação, entender seus impactos no cenário educacional brasileiro e identificar as áreas que exigem maior atenção para a melhoria da qualidade do ensino.
Nesta formação, vamos explorar os indicadores dos alunos participantes do Enem, com a participação do Prof. Wagner Pequeno, da primeira turma do Mevi. O objetivo é analisar os dados relacionados ao desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio, identificando tendências e os principais fatores que influenciam o sucesso ou a dificuldade dos alunos.
Lançado em 2020, o estudo reconhece 118 redes de ensino municipais com bons resultados no Ensino Fundamental. Entre outros critérios, foram considerados o aprendizado dos estudantes no Saeb, evolução no Ideb da rede e taxas de aprovação.
A publicação traz também um amplo mapeamento de boas práticas, mostrando ações comuns às redes de destaque. Para isso, foram visitadas 116 escolas de 69 redes de ensino, em todos os estados do País. A pesquisa foi realizada em parceria com o Comité Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB) e 28 Tribunais de Contas do País.
O livro "Ensino Público com bons resultados" foi escrito a partir de pesquisas com mais de mil redes de ensino em todo o Brasil. Utilizando subsídios do estudo "Educação que faz a Diferença", além de outras pesquisas realizadas pelo lede, traz um compilado de estratégias e ações de municípios de destaque em educação.
A obra é dividida em cinco grandes eixos temáticos: 1) políticas para professores; 2) avaliação e monitoramento da aprendizagem; 3) atuação da Secretaria de Educação; 4) currículo; e 5) material didático.
A Fundação Lemann e o Itaú BBA realizaram, em 2012, o primeiro estudo da série Excelência com Equidade. Na ocasião, foram mapeadas escolas públicas que atendiam alunos de baixo nível socioeconômico e conseguiam bons resultados educacionais.
Em 2015, a Fundação Lemann e o Itaú BBA, que já haviam realizado o estudo Excelência com Equidade nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, se juntaram ao Instituto Credit Suisse pra investigar as práticas de destaque das escolas de anos finais do Fundamental
A série Excelência com Equidade mapeou estratégias e práticas de escolas públicas que atendiam alunos de baixo nível socioeconômico e conseguem bons resultados educacionais. A edição sobre o Ensino Médio foi realizada pelo lede, em 2018, em parceria com a Fundação Lemann, o Instituto Unibanco e o Itaú BBA. Já os estudos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental foram liderados pela Fundação Lemann.
O Guia tem como objetivo apoiar secretarias de educação e gestores escolares na identificação e dimensionamento das desigualdades raciais existentes em suas redes de ensino ou escolas. A intenção é que, a partir de um diagnóstico consistente, sejam elaboradas estratégias e ações adequadas a cada realidade – sempre com foco em promover a equidade racial.
A publicação apresenta a origem das desigualdades, os desafios para a realização dos diagnósticos, os primeiros passos para a coleta de dados, orientações sobre como aplicar questionários, utilizar dados públicos e divulgar os resultados. Também discute ações para transformação dos resultados e boas práticas de redes e escolas.
Pelo menos uma a cada cinco (21%) redes municipais do Brasil ainda não tem o ensino de Tecnologia e Computação no currículo dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nos anos finais, são 17%. Já na Educação Infantil, o índice sobe para 37%. Esses são alguns dos achados do estudo “Tecnologias Digitais nas escolas municipais do Brasil: cenário e recomendações”, lançado em 2023, fruto de uma parceria entre o Centro de Inovação para Educação Brasileira (CIEB), a Fundação Telefônica Vivo, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
O estudo apresenta um panorama do ensino e da aprendizagem de Matemática no País e aponta que é raríssimo um estudante de baixo nível socioeconômico (NSE) com aprendizado adequado na disciplina.
As desigualdades não são apenas em relação ao NSE dos estudantes, mas também à sua cor/raça. Mesmo quando são analisados estudantes pertencentes a um mesmo grupo de renda, há diferenças significativas entre eles. No 5º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, enquanto há 67% de estudantes brancos de alto NSE com aprendizado adequado em Matemática (Saeb 2019), entre os pretos, o índice cai para 40,1%. Entre os estudantes de baixo NSE, os percentuais são 41,6% versus 23,9%, respectivamente.
O estudo avaliou o impacto da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) na aprendizagem dos estudantes. Os resultados são positivos: escolas com alto engajamento na Olimpíada (pelo menos 65% dos estudantes classificados participam da 2ª fase) registram aumento da nota média em Matemática no Enem e aumento do percentual de estudantes acima do nível adequado no Saeb.
A publicação também indica quantas são e onde estão as escolas públicas que mais se destacam em Matemática, mesmo considerando os desafios relacionados ao baixo nível socioeconômico dos estudantes.